Continuando a relatar as aventuras, reflexões e descobertas...
A cirurgia decorreu como os médicos esperavam e a primeira coisa que me perguntaram foi ''com que sonhou?''.
Já era bem de noite quando fui para a enfermaria.
Comigo havia uma sensação de satisfação. Não tinha motivo. Não tinha dores. Apenas uma satisfação comigo mesma.
Ali fiquei a desfrutar aquele estado.
Depois voltou um sono pesado, muito sono. Pedi que avisassem a minha família que aguardava notícias e adormeci.
No dia seguinte, só me pude levantar depois do almoço.
Aquelas horas, deitada permitiram-me estar num processo de conexão comigo, observação interna, escuta interna, sentir todas as sensações do corpo, observando ao mesmo tempo o movimento à minha volta. Ora enfermeiros ora médicos que vinham falar com os doentes e comigo.