terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Carcinoma na Mama e Eu - Parte 2 | Continuação da Viagem e Descobertas

 Continuando a relatar as aventuras, reflexões e descobertas...

A cirurgia decorreu como os médicos esperavam e a primeira coisa que me perguntaram foi ''com que sonhou?''.

Já era bem de noite quando fui para a enfermaria. 

Comigo havia uma sensação de satisfação. Não tinha motivo. Não tinha dores. Apenas uma satisfação comigo mesma. 

Ali fiquei a desfrutar aquele estado.

Depois voltou um sono pesado, muito sono. Pedi que avisassem a minha família que aguardava notícias e adormeci.

No dia seguinte, só me pude levantar depois do almoço. 

Aquelas horas, deitada permitiram-me estar num processo de conexão comigo, observação interna, escuta interna, sentir todas as sensações do corpo, observando ao mesmo tempo o movimento à minha volta. Ora enfermeiros ora médicos que vinham falar com os doentes e comigo.

Tive uma realização profunda do quanto fui abençoada em todo este processo e ainda ter uma cama onde podia descansar. Serviam-me, cuidavam-me (bem como a todos os outros pacientes. Relato aqui a minha experiência, apenas). Era um vaivém de gente à minha volta, à volta de todos. Uma dedicação incansável.

Fechava os olhos e sentia, desfrutava a bondade à minha volta. Nos últimos anos, sou eu que sirvo outros. Soube-me bem ser servida. Receber. Permiti-me. E lágrimas rolaram pela cara. Amor ali presente, visível e invisível.

Mais tarde, começaram a aparecer pensamentos como ''que raio estou aqui a fazer?''. Nunca consegui acreditar que havia uma doença. Nunca. 

O meu corpo poderia ter algumas células cancerígenas. Nada mais''. Este Pensamento ''que raio estou eu aqui a fazer?'' causava-me irritação - percebi a necessidade de controlar a situação. 

Realizei naquele momento a necessidade de me render ao momento. 

Entregar à Vida/Fonte/Criador/Alma (chame o que quiser) o percurso e desfecho que entender. Essa rendição aconteceu. Não foi de imediato. Houve algum trabalho interno que necessitei de fazer. Tudo isto enquanto estava quieta, acamada. Permiti-me desistir do controle e viver o que viesse. Aqueles pensamentos desapareceram e não voltaram. Permitiu-me desfrutar cada instante.

Ficámos a saber que só pessoas internadas por um período de 8 dias ou mais poderiam receber visitas, por causa do Covid. Naquela enfermaria, só houve uma pessoa que recebeu visitas. 

A mim, nunca me ocorreu a ideia de vir a ter visitas. Nunca senti tal necessidade. Falei por telefone com pessoas próximas. Sentia-me bem, satisfeita. Sentia-me acompanhada. Nunca tive a sensação de me sentir só. Como seria possível tal coisa??? Com tanta gente ali!! Travei conhecimento com restantes companhias de quarto e enfermeiras. Falávamos, trocávamos ideias. riamo-nos. Era um ambiente leve. Foram bons momentos.

No terceiro dia, deram-me Alta. Ainda a sentir-me muito frágil fisicamente e a necessitar de cuidados de outros. A falta de camas parece ser algo que existe há vários anos e ainda não teve solução. As pessoas vão para casa, na maioria dos casos de cirurgia de mama (os outros eu não conheço), no terceiro dia e alguns outros passadas 24 horas. Cedo de mais, após uma cirurgia. De início, há a necessidade de que  alguém cozinhe, ajude com a higiene, ajude a vestir, a fazer compras, enfim, as tarefas que não se conseguem fazer após uma cirurgia destas.

Muitas pessoas dizem ''não ter quem as ajude. Não terem ninguém''. Eu pude realizar que não corresponde totalmente à verdade.  Este processo ensina-nos algumas coisas, a ser humildes e a desenvolver a capacidade de pedir ajuda. 

''Ah não quero incomodar os filhos, porque têm a sua vida'' ou ''não me dou com eles''! - Então é altura de entrar em contacto com eles e estabelecer conexão. Falar e pedir ajuda!

''Ah não quero pedir aos vizinhos, porque não têm tempo'' - A sério? Como sabe?Peça-lhes ajuda!

Falso. É mesmo para incomodar filhos, primos, tios, vizinhos, amigos...

E não me venha dizer ''Eles só se oferecem para não parecer mal!'' - Como sabe? Talvez você já tenha feito isto alguma vez e acredita que outros farão o mesmo.

Este processo de doença, não é um processo exclusivo de quem o atravessa. É uma processo de expansão de consciência do próprio e todos os que o(a) rodeiam, sobretudo a familia. Não só observei a minha familia neste processo como também tenho conhecimento dos processos com a familia de clientes meus a quem realizei sessões e que estavam a passar por processos oncológicos.

Irei escrever e colocar aqui no blogue um texto sobre ''As bençãos de passar por um processo de doença e a consequente expansão de consciência''.

Só passando pela experiência conseguimos compreender a experiência que outros já tiveram e relataram. De outro modo, não temos como compreender. Não podemos falar ou dar opinião. Não é a opinião que conta. É a experiência vivida e a sabedoria adquirida e a visão interior expandida.

Apenas uma mama foi operada o que me permitiu ter um braço disponível para fazer movimento e que ajudava o outro. E tive muito apoio da familia e até vizinhos. Vários vizinhos ofereceram-se para me levar onde precisasse ou fazer algo que não pudesse. Senti muita sinceridade. Senti-me muito agradecida. Foram incansáveis.

A Recuperação em casa 

Tive um dreno 15 dias e vivi maravilhosamente os dias da recuperação que passava do quarto para a sala e da sala para o quarto. 

Falando comigo, disse-me ''Bem, já que tenho de estar aqui, como posso aproveitar este tempo?'' - e ideias foram surgindo.

Nunca pensei no ''tempo'' em si mesmo, o ''quanto tempo vou estar aqui? ou Quando vou estar boa?''. Nunca me ocorreu. No meu pensamento estava: ''o que posso fazer agora? Como me sinto agora?'' e comigo estava a sensação de ''um dia de cada vez, um momento de cada vez, um passo de cada vez''. Posso dizer que não foi uma dificuldade para mim uma vez que já levo este treino há uns 12 ou 13 anos.

Por isso é que acredito que é boa ideia a pessoa ir fazendo trabalho de exploração interior (eu facilito este trabalho com os meus clientes), reavaliação da sua vida, auto-conhecimento, desenvolver a relação consigo, com a Presença dentro de si, aprender a escutar-se e a reconhecer a diferença entre instruções da mente e instruções da Alma - calmamente, com tempo porque mais cedo ou mais tarde a vida traz-nos grandes desafios e nessa altura tem pressa em conseguir pôr em prática coisas que levam tempo e torna-se um desanimo porque parece que nada anda para a frente. Então, ir fazendo, gradualmente, vai-nos dando as aptidões para ir enfrentando os pequenos desafios do dia a dia de uma forma leve. Quando os grandes se apresentam... estamos capazes, temos aptidões e capacidades desenvolvidas. Ainda que as nossas aptidões e aprendizagens estejam em desenvolvimentos até ao fim da nossa vida.

Nos primeiros dias em que não saí da cama, enquanto o meu corpo recuperava, aproveitei para me dedicar a fundo ao trabalho de exploração e auto-descoberta. 

Aproveitei para registar a minha experiência e as reflexões e revelações que foram surgindo. E tudo o que fui vivendo. Não tinha dores. Tinha medicação. Tinha o Campo de Frequências de Planos Elevados da Cura Reconectiva no qual me envolvi imensas vezes (cujos efeitos irão ser descritos no meu blogue A Reconexão Ângela Antunes , logo que me seja possível).

Escrevia, assistia a vídeos, refletia. Quietude. Contemplação da vida, de mim, do que me rodeia, introspeção, são coisas naturais em mim neste momento. Não me requerem qualquer esforço. Depois, é só escrever o que surge - as respostas chegam-me da minha Alma.

Uns dias depois (ainda em Abril 2022), começo a levantar-me. Surgiu a decisão de fazer coisas diferentes. De manhã, estava de cama, onde fazia algum trabalho escrito ou assistia a formações em vídeo, lia textos, enfim. 

A comida chegava-se sempre na hora certa. Muito agradecida ao meu filho que todo este tempo foi o meu grande apoio, cozinhou, fazia compras, limpava a casa e levava o cão à rua e ainda tratava da horta.

De tarde, passava o tempo na sala. A mim parecia-me uma mudança bastante agradável e significativa.

Há circunstância onde coisas que não damos valor e nos parecem banais ou um grande frete, ganham uma importância especial. Esta, foi uma delas. Poder ir do quarto para a sala. Poder levantar-me sozinha, poder deslocar-me. Qualquer coisa de saboroso que, só quem passa por uma experiência assim, estando consciente de si e do momento e como o vive, consegue realizar. 

Era tempo de ver filmes e fazer outras coisas que surgiam como por exemplo, um dia o meu filho aparece em casa com um balde cheio de favas da nossa horta (em Maio) e fiquei a descascá-las ou então pedia-me para descascar batatas. 

Assim foram correndo os dias. Vivi-os plenamente. Com satisfação e paz interior. Não houve luta com as circunstâncias. Não havia em mim pressa para ''despachar isto''.  A mente encontrou utilidade nos dias, nas atividades que desenvolvi e paz de Espírito.

Não dei conta do tempo passar. O pensamento estava: ''o que posso fazer hoje?'' E fazia.  Passaram 40 dias e foi quando comecei lentamente a fazer algumas tarefas pequenas. Sentia-me como se o meu propósito de vida fosse estar ali a viver estes momentos. Senti isto a partir do mais fundo do meu Ser.

É a isto que se chama ''viver no Agora'', ''Viver no Momento''. Na minha experiência, é um estado de Consciência Atenta Presente que se ocupa completamente com o que está a viver, agora, aqui. Um ''estado de mente'' que se vai treinando com trabalho, tempo, ao longo do tempo. Uma vezes consegue-se e outras nem por isso. É um estado de mente que se abre e regressa à conexão com o Eu Profundo, a Essência em cada um, a Alma. Chamem o que quiserem.

Todos temos momentos destes mas a maioria de nós não está consciente deles. Na medida em que nos vamos tornando conscientes de nós, cientes de nós, do que pensamos, do que sentimos, do que se passa na Realidade, de verdade, no visível e no invisível (pode ser sentido), estes momentos irão sendo vividos por nós de forma cada vez mais consciente e s frequente. Começamos a dar conta de que a Vida É e possui mais coisas, mais perspetivas, mais realidades, e conseguimos Percecionar. É como se usássemos todos os sentidos em simultâneo e mais alguns que possuimos (segundo cientistas da Física Quântica) para os quais não temos nomes.

Eu ajudo os meus clientes neste processo para que também eles consigam o regresso a si, à conexão com a Presença Sagrada que vive dentro de si. (de momento estou parada, a dedicar-me a mim e à minha recuperação e irei manter-me assim mais um tempo).

Pelo meio, fui ao IPO algumas vezes fazer o penso e, depois, retirar pontos e o dreno. Agradeço profundamente à minha ''motorista de serviço'', incansável, a minha irmã. E nos tempos que se seguiram, tive o grande apoio do transporte do IPO. Também me sinto agradecida. Levavam-me e traziam-me. Tudo gratuitamente. 

Os primeiros dias após a cirurgia, com o dreno, não foram fáceis. Lavar-me, mudar de roupa. O movimento causava-me dor. A medicação não tirava o mal-estar por completo. O que é muito saudável. Se não houver qualquer desconforto, esquecemo-nos e podemos fazer algum esforço e rebentar pontos ou provocar qualquer outro dano na cicatriz.

Lembrei-me de uma lição que a veterinária me ensinou quando a minha cadela foi operada: ''dar apenas alguma medicação para dores porque se as dores desaparecerem na totalidade, a cadela ''esquece-se'' e irá fazer esforço e pode rebentar os pontos''. Pensei nisto: ''é verdade!'' Neste aspeto, nós humanos não somos assim tão diferentes dos cães... 😂😂😂

Continuando, sobre o lavar-me e mudar de roupa. 

Felizmente não pude tomar banho enquanto tive o dreno, duas semanas e meia. 

Foi ótimo. Lavava-me assim assim. Só me custou mesmo passar vários dias sem lavar a cabeça, com cabelo grande que tinha. Ensinaram-me uma solução: pôr pó de talco e escovar o cabelo. E ficava razoável. Pelo menos, sentia-me mais leve . E não é que a veterinária já me tinha dado a mesma solução para o pêlo da cadela, quando não toma banho de Inverno? Pois é! 

Eu queria estar quietinha o mais possível para minimizar o mal-estar. Pus-me a refletir nisto. 

Quem é que nos ensina, quando somos pequenos? :''se não tomas banho és porca(a)''. 

Comecei a investigar este conceito de SER PORCO que a sociedade nos ensina e as pessoas repetem sem elas próprias investigarem. 

Comecei a descobrir que ''ser porco'' é um conceito que varia de pessoa para pessoa. O que é porco para mim, pode não ser para outro. Hummm. 

Talvez eu seja ''porca'' cada vez que penso mal de mim. Cada vez que acuso alguém de estar a ser ''porco''. Cada vez que me deixo levar por pensamentos que me falam mal de outros, são mesquinhos e porcos e não investigo. Quando me esqueço que o que me incomoda noutros, será uma projeção minha. Algo para eu olhar e explorar. Nesse momento, os meus pensamentos precisam de ''banho''!

Com isto, não me sentia porca por não tomar banho. Às vezes só lavava a cara. Era a forma de ter menos desconforto, mal-estar, na zona operada. No internamento davam-nos esponjas com sabão para nos lavarmos, o melhor que era possível.

E surgiu a solução para lavar o cabelo. De repente lembrei-me que tenho uma vizinha cabeleireira que tem em casa o equipamento necessário. E pedi-lhe. Oh que maravilha. Até veio à minha casa e trouxe o equipamento que, até é portátil e tem rodas!!! Fácil.  

Se eu tivesse vergonha de pedir ajuda (e já tive) quem iria passar mal era eu. Pude constatar que as pessoas estão desejosas de ser de serviço a outras. As pessoas querem ajudar. Observo, já faz uns anos, de que o Ser Humano possui uma Alma bondosa e generosa.

O que quero realçar aqui é que quando deixamos de lutar  com aquilo de que não gostamos e nos incomoda e conseguimos ficar bem com aquilo como é, surgem soluções que nem imaginamos, com uma facilidade imensa. Deixamos de esperar o que quer que seja. Deixamos de ter expectativas.

E ser capaz de pedir ajuda a quem tem as melhores condições para nos ajudar (não a esta ou àquela pessoa em específico), cria uma facilidade e fluidez nas circunstâncias. Espantoso!

Já me tinha habituado à ideia de lavar o cabelo a sêco com pó de talco. E já nem pensava em água...e zumba! Apareceu uma solução com água!

A meio de MAIO 2022, veio o resultado do material que me foi retirado na cirurgia, ou seja, o interior de toda a minha mama. Reconstruíram o espaço e puderam manter tudo no exterior. Quase não se nota a diferença. Foi apenas uma mudança de conteúdo interior 😂😂😂😂.

E foi um choque.

Afinal já não era apenas um tumor localizado, não invasivo, como me disseram. 10 % eram Receptores de células Invasivas. E decidiram que eu deveria fazer alguma Quimioterapia, seguida de injeções durante um ano e mais uns comprimidos XPTO.

Naquele momento, a minha mente quis tomar  conta do assunto. Quis controlar a situação.

Perguntei à médica quem tinha tomado aquela decisão? E a médica disse-me que foi uma decisão conjunta, em reunião, de várias especialidades... Cirurgia, Oncologia, Medicina Nuclear, Quimioterapia, Radioterapia e mais uma ou duas que não me lembro.

E houve uma resistência imensa dentro de mim. Lutei, lutei, lutei. Parece que esqueci tudo o que aprendi.  É assim a experiência humana de tomada de consciência, com avanços e recuos!

Passados uns dias, tomei consciência da minha luta interior. E tomei consciência do quanto me estava a ser prejudicial fíca, mental e emocionalmente, agarrar-me a certas ideias, certos conceitos que me pareceram bons. Nunca sabemos quando algo que parece ser ''mau'', está a vir em nosso auxílio. A vida é um mistério e, está sempre a nosso favor - vem sempre em nosso auxílio.

Só a meio dos tratamentos de quimioterapia, em Agosto,  é que realizei o quanto fui afortunada, abençoada  por ''ter de fazer'' algumas sessões de Quimio. Os médicos foram muito cautelosos e prudentes.

Eu ''não tinha de fazer''. Ninguém me obrigou. Realizei que não tenho conhecimentos de medicina nem tão pouco da própria Vida/Fonte, para tomar uma decisão e recusar-me a fazer quimioterapia.

Só uns dias após ter a notícia comecei a conseguir reparar em algo bom nesta situação: 90% do tumor era não-invasivo, quer dizer que não possuía propriedades de células que se espalham ao corpo. E também o meu Gânglio Sentinela (O Primeiro gânglio que temos que pode transmitir ao corpo células cancerígenas , de onde mais tarde se podem espalhar aos órgãos) estava limpo. O meu corpo não tinha células espalhadas. Estava mesmo localizado e terá sido ''apanhado'' numa fase muito inicial.Segundo os especialistas.

Eu estava focada nos 10% . Assim a nossa mente humana - foca-se no que está mal e, nesse momento , não consegue ver o que está bem, não consegue ver a benção que está presente.

Início da Quimioterapia

Com muito desconforto, mal-estar e ainda a não conseguir integrar a experiência, comecei a 1ª sessão de Quimioterapia no início de Junho 2022. Era uma terapia mais leve, segundo os médicos que iria provocar apenas alguma queda de cabelo, se tanto. 

O meu corpo seguiu as instruções da minha mente: luta, luta, luta, resistência, resistência, resistência. E o meu corpo rejeita a quimioterapia. 

Tentaram na semana seguinte e aconteceu o mesmo. Tentaram uma terceira vez e voltou a repetir-se a reação alérgica, logo aos 5 mns de tratamento, apesar de fazer pré-tratamento para o corpo aceitar a Quimio. E nada.

E foi aqui que tive uma realização profunda: ''Precisas olhar para dentro urgentemente e ver o que está a passar-se aqui. Precisas de descobrir qual a mensagem que a Vida/Alma está a querer passar-te''. Apercebi-me do tempo levei, focada no que estava mal e no que não queria.

Precisei de algo forte para conseguir sair da mente: Uma reação alérgica, três vezes! Cabeça ''dura'' ! Foi um pouco assustador quando chamaram médicos de urgência e eram uns quantos à minha volta a dar-me medicação para reverter o processo. Não corri risco de vida segundo me disseram.

Concluo por aqui este texto. No próximo irei relatar o meu trabalho interior que não foi nada de especial a não ser perguntas e explorar, refletir, sentir e... descobrir. E a Quimioterapia que fiz a seguir e que era mais forte, correu-me lindamente, com uns dias mais difíceis e a maioria do tempo cheia de energia ''como nova'', numa cooperação entre mim e a Vida. Tipo ''desisto. Aqui me tens. faz o que quiseres de mim!'' (sim, até explorei o medo da morte e a paz apareceu ).

Note-se : Eu não fiz acontecer nada! Eu não me esforcei para que algo acontecesse. Não fazia ideia do que iria passar-se a seguir! Apenas tomei consciência de algo que a vida queria dizer-me. Algo que estava diante dos meus olhos e não conseguia ver. 

A diferença entre lutarmos com a Vida, com as circunstâncias que temos diante de nós & ...

... cooperar com a Vida, querermos viver aquilo, abrirmo-nos à experiência total. 

É a diferença entre passar mal e passar bem. A situação é a mesma.

Até ao próximo texto.

De momento, nesta data em que escrevo, já tenho cabelo e continuo a ir ao IPO fazer as Injeções.

Um abraço compassivo,

Ângela Antunes

Facilitadora de Resgate da Sombra Humana com Educação Emocional (formada por Emídio Carvalho)e Desenvolvimento Espiritual  & Facilitadora de Cura Reconectiva e A Reconexão Pessoal (por Dr Eric Pearl)


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