quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Amo-me e aceito-me completamente. Será verdade ?

Foto do site www.examiner.com

Amo-me e aceito-me completamente!Exceto aquela parte de mim que se irrita e fala de maneira arrogante! Essa, não gosto; então é melhor eliminar, esconder, para não parecer má pessoa.
Eu não sou má pessoa.
Sobretudo nesta época de Natal, época da Boa-vontade, da Paz e de nos darmos bem uns com os outros. E também é melhor fazer o frete de estar presente nas reuniões de familia que abomino, pois embora não me apeteça, tenho medo de parecer insensivel, indisponivel, fria e distante. Não gosto dessas partes de mim!
No entanto eu amo-me e aceito-me completamente !

E se não retribuo os presentes que me deram? Sinto que não sou generosa, e o que vão pensar de mim
então é melhor dar qualquer coisa ... só para não dizer que não dei ! E se dou a uns, tenho de dar a outros ! E que frete !

Lá vou fazer mais um esforço a juntar a tantos na minha vida.

Sou má para mim quando reprimo a minha maneira de falar, a minha maneira de ser, quando ofereço presentes sem ter vontade;

Sou indisponivel para mim e fria e distante de mim quando me mostro disponivel, prestável e amável e, naquele momento há uma vontade cá dentro e o corpo está a pedir-me para estar disponivel para mim.
Sou doce, suave e presente para mim quando respeito o meu sentir e o meu sentir dá-me a saber que é para recusar um pedido de alguém.

Por exemplo, pedem-me para ajudar numa mudança e e, estou exausta, o corpo pede-me descanso e o tempo que tenho disponivel é curto. Sou suave, presente e doce para mim quando digo ''de momento não me é possivel'' ou ''não estou disponivel'' e nada tenho que me justificar a tentar convencer o outro Blá Blá Blá Blá Blá!

E estou a ser honesta com a outra pessoa. Estou a ser honesta comigo.
É nesta integridade com ambas as partes que há lugar para surgir a paz comigo e com o que me rodeia, SEM culpabilidades ou ''devia'' ou ''não devia''. Se assim for, posso dizer ''naquele momento, amei-me e aceitei-me completamente''.

Quando entro no emprego e reparam que estou com ''ar triste''.
Vêm ter comigo e dizem-me ''Alegra-te. Não gosto de te ver assim''.
Fazem o possivel para me alegrar ou eu mesma faço o possivel por me alegrar e ''atiro para trás das costas''. Pois é o pior que se pode fazer.

A tristeza é a emoção que pode levar-nos à conexão connosco. A ponderar e refletir sobre a minha vida. A poder descobrir o que posso fazer por mim.

Se nos permitirmos sentir a energia da emoção tristeza, poderemos receber a mensagem que traz para nós vinda do Universo, da Fonte da Vida que nos pode orientar a algo realmente útil para a nossa vida.
Se fugirmos, não iremos conectar-nos connosco nem receber a mensagem do Universo que nos poderia ajudar naquele momento.
Continuaremos a procurar a solução no exterior.

O que a maioria das pessoas não sabe é que ''atirar para trás das costas'' é mesmo literal e significa encher o saco da sua Sombra com energia.
Um saco cheio, tende a rebentar e a energia soltar-se com violência.
É por isso que queremos abraçar o que temos na Sombra.

Mesmo que afirme ''amo-me e aceito-me completamente'', não irá adiantar, pois o que comanda os nosso comportamentos e decisões, é mesmo o que está reprimido na sombra (no Inconsciente).

E como será que me vejo?
O que penso de mim?

* ''não faço nada bem feito'' e amo-me completamente; 
* ''não mereço melhor '' e amo-me completamente;
* ''sou um zero á esquerda'' e amo-me completamente;
* ''não gosto do meu corpo'' e amo-me completamente;
* ''não gosto de ser como sou e ''amo-me completamente'';

Investigar e descobrir o Amor por detrás destes pre-conceitos poderão levar-nos à conexão com o Espirito Divino dentro de cada um de nós, aquele que nos pode dar orientações de amor para a nossa vida. Na vida do quotidiano, nas coisas que parecem banais, como ''onde vou almoçar hoje'', ''com quem vou almoçar'', ''o que vou almoçar''... ou ''será que vou fazer algo diferente do habitual?''.

Ângela Antunes

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