terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Se todos os dias faz as mesmas coisas, da mesma maneira, como pode esperar que sua vida seja diferente ?



Se todos os dias fizer as mesmas coisas, da mesma maneira; falar dos mesmos assuntos, com as mesmas pessoas; se ocupar os seus tempos livres a fazer o mesmo, se ocupar a sua mente diariamente com o mesmo tipo de pensamentos sobre o que já passou ou sobre aquilo que ainda não chegou e não sabe se vai chegar ...

Como pode esperar que a sua vida seja diferente ?
Se continua diariamente a defender os seus pontos de vista como sendo os únicos válidos, se continua a culpar os outros pelos seus stresses, se continua a justificar os seus comportamentos, se continua a
fazer de conta que está bem e a fazer fretes porque receia desagradar a outros, como pode esperar que a sua vida seja diferente ?

Se diariamente continua a acreditar que nada pode fazer por si a não ser esperar que no seu meio, o Patrão se lembre de o/a valorizar, que o chefe de secção deixe de lhe dar trabalho depois da hora de saida, que os colegas deixem de falar de assuntos alheios e trabalhem mais, que os alunos de repente fiquem quietos na sala de aula, que a filha comece a aplicar-se mais nos seus estudos, que o companheiro passe a arrumar a roupa que deixou espalhada, que a mãe deixe de lhe dar conselhos como nos tempos em que era criança, que a irmã páre de pôr defeitos em tudo o que faz, que os clientes sejam menos exigentes e mais compreensivos...

(substitua as palavras ''patrão'', ''chefe de secção'', ''colegas'', ''alunos'', ''filha'', ''companheiro'', ''mãe'', ''irmã'', ''clientes'', pelos nomes das pessoas cujo comportamento lhe causa stress a si)

Como é que a vida lhe pode trazer novas experiências se ainda não aprendeu o que estas lhes estão a mostrar ?

Quanto tempo do dia ocupa a sua mente em assuntos alheios, que nada pode fazer para mudar ?
Os assuntos dos outros só lhes dizem respeito a eles.
Neste tempo, quem está a tratar do que lhe diz respeito a si ?

Quantas vezes fica preso/a, no seu dia-a-dia aos ''devias/não devias'', aos ''tenho que '', aos ''Preciso'', à generalizações ... ''as pessoas...'' como se fossem uma verdade universal, aos julgamentos de''certo/errado''?

Há quantos anos vive agarrado/a aos mesmos conceitos , ao que pensa das pessoas que fazem parte do seu mundo, das circunstâncias, onde ouviu essas interpretações pela primeira vez ? ... 10, 15, 20, 30 , 40, 50 anos ?

Está em paz consigo e com a sua vida ? Se está, ainda bem!

Os adultos permanecem como crianças que não cresceram... não questionam o que aprenderam, o que ouvem há anos e que já não lhes faz sentido, mas não ousam duvidar, inclusivé as tradições que seguem à risca só porque ''parece mal '' se não cumprir!

Não põem em causa os seus próprios conceitos , acreditando estar na posse da razão ! Esta razão prolonga os ressentimentos, os sentimentos de impotência, a frustração.
Os adultos, fazem o melhor que sabem , o melhor que lhes é possivel ! 

Só existe sofrimento, mal-estar quando se decide dentro de nós que as circunstâncias estão erradas, que ''aquilo não devia acontecer''. Na verdade, as circunstâncias são factos. Os factos não podem ser alterados.

No entanto podemos tomar ação de encontrar e seguir o que for melhor para nós.

Face às circunstâncias, o que posso fazer por mim agora?

Este trabalho efetua-se no sentido de que cada pessoa possa encontrar leveza, libertação, paz interior e viver uma vida com menos stress, mais presente para si em cada momento. Presente também para os outros.

Estar Presente significa, enquanto alguém fala, oiço, mesmo não concordando. Não tenho de dar opinião. Não tenho de entrar em trocas inúteis de pontos de vista. Não é possivel estar presente diante de outra pessoa quando na minha mente se procura argumentos para falar.
Se não estiver interessada(o) no que se passa ali, posso levantar-me e ir embora.

Boas reflexões!
Ângela Antunes

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