terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Não gosto do trabalho que tenho

Se no seu emprego vive dramas. Se não gosta do que faz e acredita que devia estar a fazer outra coisa. Na verdade é uma mentira que conta a si. Se está a fazer o que está a fazer e não o que pensa que devia fazer é porque o que está a fazer é que é para fazer !!! Confuso ?
Será que existe alguma atividade neste planeta que não faça parte do plano Divino?
O colega que passa o dia ao telemóvel, o cliente que lhe diz como fazer as coisas, o chefe que grita consigo e diz que ''você arrasta o cu pelas cadeiras'' (foi o que ouvi chamar a uma colega).

E se tudo fizesse um plano Maior que lhe pede olhar para dentro de si, sentir o efeito das escolhas que faz, das desculpas que conta a si e que o/a mantêm preso/a a uma vida de dificuldade, escassez e drama?

Para tomar consciência do quanto se afasta de si em nome de uma ''necessidade'' ou de uma máscara que usa a tapar quem é de verdade, onde perde a experiência de ser completo.
Para se conectar com a sua Essência, a força da Vida que vive no seu corpo.

Um veículo para a Fonte Divina se expressar neste plano terrestre.

E se tudo fizesse parte de um Plano Maior para que se apercebesse das histórias da sua mente e o efeito que têm na sua vida.

Histórias do género:  ‘’Devias’’, ‘’Não devias’’, ‘’tenho que’’, ‘’Preciso’’ e outras coisas mais ?

Costuma ter pensamentos com estas palavras?
Se sim, como se sente?
Como vive o momento em que esses pensamentos aparecem? 

Ninguém ‘’tem de’’ permanecer num trabalho que não gosta.
Tem opção de ir á procura de algo que goste  ou, caso se fique, poderá descobrir as bênçãos que se encontram ali escondidas, os benefícios de ter o emprego que tem, com as pessoas que dele fazem parte!

Pode descobrir 1 só coisa que goste no emprego que tem?

Enquanto não estiver bem com o que tem, o que quer não virá ter consigo.
Enquanto lutamos com uma circunstância, damos-lhe energia.

Quando aprendemos o que está ali para aprender, habitualmente as circunstâncias alteram-se.
Talvez seja mais verdade, as circunstâncias alteram-se quando as nossas perceções sobre aqui se alteraram.

Este trabalho traz mudança de perceções. Logo, mudança de consciência.

Se arruma prateleiras num supermercado, está a ser de serviço para que outros encontrem o que procuram, mais rapidamente. Está a facilitar-lhes a vida. Como é que o faz ? em frete ?Ou desfruta do que faz ? Já reparou que tem uma habilidade especial para organizar prateleiras ?

Se arquiva processos numa repartição pública, está a ser de serviço a outros,  agilizando o processo de localização dos mesmo, se necessário. Como é que o faz ? Consciente e presente para si, a sentir os suas mãos a trabalhar? Já reparou na sua capacidade de ordenar de forma lógica e acessível a informação 

Se limpa escadas e habitações, está a ser de serviço a outros, permitindo-lhes viver  com melhor qualidade de vida. Como faz ? Dá o seu melhor e no fim sai satisfeito consigo, porque fez o seu melhor ? Já reparou na habilidade que tem consigo? Quem é primeiro a desfrutar dessa limpeza ? A pessoa que fez. Você!

Trabalha num Café… está a servir outros, podendo desfrutar do prazer de dar, de servir… nesse gesto de dar, recebe… mesmo que não lhe agradeçam… dando a outros a possibilidade de desfrutar o ‘’ser servido’’. Já reparou que a vida lhe deu a capacidade de estar disponível para ajudar outros ?

O condutor de um autocarro leva-o ao seu destino … há uns anos atrás, as pessoas de aldeias deslocavam-se a pé vários kilometros para chegar ao destino. Um privilégio poder transportar pessoas, encurtando a distância e melhor qualidade de vida… Já reparou que consigo há um talento especial para se orientar e percorrer caminhos desconhecidos ?

Se atende telefones num Call-Center, está a ser de serviço a outros, prestando informações de utilidade que irão ajudar alguém… nem que seja o seu tom de voz que num certo momento, deu alento a alguém que estava em ‘’baixo’’ e foi motivo de conversa…

Trabalhei muitos anos no atendimento telefónico de viagens e a certa altura despertou em mim o prazer de falar com pessoas, a disponibilidade para prestar informações ,  com pessoas que não conhecia.  A certa altura comecei a desfrutar aqueles momentos. Houve rendição da mente para fazer o que era para fazer. Nesse estar presente deixou de haver gosto/não gosto. Desapareceu. Puuuff !
Ficou um bem-estar interior de estar presente no momento.

Será que há trabalhos mais nobres do que outros ? Será que existem trabalhos menores ? Será que existe algum trabalho neste planeta que não seja um ''trabalho espiritual''?

Se gostava de fazer outra coisa e já sabe o que é, não precisa de ficar de ‘’braços cruzados’’. Pode ir à procura de informação. Inscrever-se em newsletter, assistir a palestras e workshops. Se não fizer algo por si, quem irá fazer ?
Se não sabe o que gostaria de fazer, dedique tempo a descobrir. Experimente coisas novas. Investigue!
Bons momentos de descoberta.

Ângela Antunes

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