terça-feira, 13 de março de 2018

Quando mudar de ideias é saudável e quando não é

Quantas vezes nos aconteceu, termos um programa combinado, uma viagem, um encontro com
amigos ou algo que foi previamente agendado onde nos comprometemos a fazer algo ou a estar presente e, eis que surge uma ideia, uma vontade diferente!

Quantos de nós ficamos, muitas vezes, sem saber o que fazer, ''já me tinha comprometido; não tenho vontade nenhuma de ir e agora o que faço''?
E quantas vezes ficámos indecisos, inseguros, e numa luta interior? Entre o que sinto e o que acho que é correto fazer?

E quantos filmes surgem do que ''pode acontecer'', ''o que vão pensar de mim'' se mudar de ideias agora?

É saudável mudar de ideias quando nos permitimos escutar aquela ideia cá dentro que nos diz para fazer outra coisa diferente do que estava combinado e no corpo sentimos bem-estar e leveza.

Escutar e seguir a voz da nossa Essência Sagrada interna (que se manifesta em ideias que nos trazem bem-estar e ânimo e ''sabemos'' sem saber como sabemos, que aquilo é para fazer) permite fazer escolhas saudáveis para a nossa vida e para nós. 

Quando não nos permitimos, na vida quotidiana, nas ''pequenas'' interações do dia-a-dia, mudar de ideias, uma, outra e outra vez, tornamo-nos inflexiveis, fechados nos nossos conceitos aprendidos. E prejudicamo-nos a nós mesmos.

Cada vez que não respeitamos o que sentimos, afastamo-nos de nós e maltratamo-nos.

Nessa inflexibilidade da nossa mente, onde não me permito voltar atrás na decisão tomada ( quando é o que sinto e tenho vontade de fazer), abandonamos quem somos e impedimo-nos de ter acesso a novas possibilidades que podem fazer diferença na nossa vida. 

O inverso também é verdade!

Cada vez que me permito mudar de ideias, quando é isso que sinto vontade de fazer, naquele momento, estou a ser amorosa(o), suave e doce comigo. Estou a ser flexivel.

Ao permitirmo-nos seguir o melhor para nós, estamos também a permitir que os outros descubram por si o melhor para si. 

Nesta suave flexibilidade amorosa para comigo, naquele momento, estou a ser suave, amorosa(o) e verdadeira(o) também para os outros que faziam parte da planificação combinada.

Não sabemos de que forma a nossa atitude de respeito por nós irá ajudar aquelas pessoas com quem tinhamos uma combinação.

Mudar de ideias, não é ser traidor nem estar a falhar com outros. É Amor!

Enquanto não conseguirmos respeitarmo-nos com tudo o que somos e o que sentimos, não iremos respeitar os outros como são nem seremos respeitados por sermos como somos.


Quando não é saudável mudar de ideias...

Cada vez que nos deixamos convencer por outros que insistem que o melhor para nós é ir com eles ou fazer as coisas de determinada maneira, quando cá dentro, soa o contrário e há mesmo um mal-estar a avisar-nos  de que estamos a afastar-nos de nós. 

Cada vez que alguém censura a nossa maneira de ser ou as nossas atividades e acreditamos que nós estamos errados. Quando acreditamos nisso, damos continuidade ao trabalho de desacreditação de nós porque alguém nos pôs defeitos. Só nós temos o poder (capacidade) de acreditar ou não em tudo o que ouvimos!

Quando não investigamos os pre-conceitos que aprendemos ao longo do tempo e nos deixamos convencer por eles,desistimos de nós, do que gostamos, do que nos faz sentir bem connosco, mudando de comportamento para ter validação e apreciação das pessoas que nos rodeiam - filhos, colegas, familia, chefe, seja quem for - a inflexibilidade da nossa mente leva-nos a decisões e comportamentos que não honram quem somos.

Iremos estar num lugar onde não nos apetece estar, a fazer o que não nos apetece fazer, a concordar com o que não concordamos e com pessoas com quem não nos apetece relacionar naquele momento, sem deixar de gostar delas. 


Um exemplo de um cliente meu:
Chegou a casa exausto do trabalho, o corpo pedia-lhe descanso. Um amigo liga-lhe a pedir ajuda para fazer uma mudança à noite ele não foi capaz de dizer ''não'' respeitando o sentir do seu corpo.
Descobrimos que tinha uma crença com ele(entre muitas outras) que lhe dizia ''não posso dizer não a um amigo, haja o que houver''. Isso levava-o a abusar de si pensando que estaria a falhar consigo! Não é verdade. Assim, abusava de si e faltava-se ao respeito.

Eu também já tive comportamentos destes, nomeadamente no emprego, quando era agente de viagens. Aceitava trabalho a mais por não conseguir dizer que não conseguia dar conta do recado.  O trabalho começou a atrasar e os clientes começaram a reclamar!
Abençoados!!!
Foi aqui que aprendi a lição!
Como tinha uma imagem de ''profissional competente'' a passar às chefias, não me atrevia a dizer que ''não conseguia''.
À medida que a imagem foi caindo fui-me sentindo livre como nunca em vinte e tal anos de profissão. Hoje acredito que ''há males que vêm por bem'' 😊

Sugestão de trabalho:

Se tem dificuldade em mudar de ideias em relação a algo previamente combinado(pode ser algo simples como ir almoçar com uma colega na hora de almoço ou ir às compras):
  • O que significa para si ''mudar de ideias''? (o que faz de si?)
  • Recorde 1 situação em que se prejudicou por não mudar de ideias e seguir o que sentia que tinha vontade de fazer.
  • Se não fosse um problema para si ''mudar de ideias'' (quando é isso que sente vontade de fazer), de que maneira a sua vida mais leve e com menos stresses?
Se quiser, pode deixar comentários na caixa por baixo deste texto.

Para seguir as reflexões deste blogue, deixe o seu email na caixa de subscrição. 
Depois, lembre-se de confirmar a subscrição num email que irá receber na sua caixa.

Boas Reflexões!

----------------------------------------------------------------------------------
Ângela Antunes
Facilitadora do Trabalho d’A Sombra Humana
À Distância | Odivelas (Quinta Nova) | Lisboa (Espiral)


Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.