sábado, 9 de junho de 2018

O que nos impede de viver a vida que desejamos?



Ao longo de uns anos a mergulhar nas minhas experiências desconfortáveis,  a descobrir informação que desconhecia e que estava armazenada no meu Subconsciente, tenho constatado o quanto a realidade que cada um vive, a começar pela minha, é uma consequência direta de tudo o que vivemos e nos marcou de forma intensa enquanto crianças e adolescentes.

A parte de nós que se sente menos do que outros,  que se sente magoada, traída, abandonada, mal-tratada, mal-amada, continua a aparecer nas nossas interações do quotidiano em todas as áreas da nossa vida, sem darmos conta. Por outras palavras, a vida temos hoje será criada a partir do nosso subsconciente, a maneira como nos vemos a nós, aos outros, a maneira como reagimos às situações, os nossos comportamentos, as atividades a que nos dedicamos.

Os conceitos ou pre-conceitos que aprendemos ou fomos ensinados, maneiras de ver as coisas, de reagir às situações e interpretações nossas, conscientes ou inconscientes absorvidas pelos nossos sentidos terão ficado gravadas em nós. 

Vejamos se alguma vez algum destes pensamentos/mentiras lhe passou pela cabeça:
Nunca faço nada bem-feito aos olhos de ______________ (escreva aqui o nome que lhe veio à cabeça agora mesmo)

Sou um produto danificado / Não presto para nada!
Esta estava comigo e ainda dou por ela a aparecer aqui ou ali.
Permita-se descobrir as mentiras que se ocultam atrás desta crença que provavelmente (assim como ''Não sou importante'' é outra crença poderosa. Uma mentira!!!) estão no controle da sua vida e deixe que a verdade amorosa e libertadora venha ter consigo.

As relações amorosas entre duas pessoas são sempre difíceis 
É uma mentira. Talvez tenhamos assistido em pequenos a relações onde discutir, gritar era ''normal''. Na minha familia era assim. Enquanto não questionarmos os conceitos sobre ''normalidade'', talvez nós próprios achemos ''normal'' gritar com os outros quando algo não nos corre bem ou permanecer ao pé de pessoas que gritam, quando me está a incomodar. Se não incomoda, ok. Somos todos muito parecidos.
Podemos descobrir aqui, nestas situações uma mina de ouro e diamantes para nós mesmos!  

Fiz asneiras e agora estou a pagar por elas
E se em vez de ''asneiras''  fossem apenas oportunidades de se descobrir a si e fazer aprendizagens, honrando o Ser que foi e é? O que mudava na sua vida no Presente?

Se não me esforçar muito e fizer horas a mais no trabalho não mereço o salário que ganho!  E se ''merecer'' e ''não merecer'' fossem apenas conceitos inúteis que o/a mantêm preso a uma ideia que ainda não investigou? Por direito divino de nascença você já é merecedor/a de Amor, Bondade e Abundância. Não precisa de acreditar em tudo o que ouve.
As pessoas que ganham muito dinheiro com pouco trabalho são trafulhas! 
Como sabemos? Será que vivemos no corpo e mente dessas pessoas para conhecer tudo o que fazem? O que elas fazem, será que tem alguma coisa a ver com a nossa vida? 
O que pensa de negativo das pessoas que ganham muito dinheiro? 
(Sabia que o que pensa, impede-o/a de ganhar dinheiro com pouco esforço?)

Já perdi as minhas oportunidades (quem sabe, ainda não chegaram e só estão à espera que decida investigar este pre-conceito da sua mente!)

Se não cumprir com tudo o que a chefe me pede sou incompetentea sério???!!E se não conseguisse acreditar neste pensamento? O que poderia mudar na maneira como executa o seu trabalho, a disposição com que vai para o trabalho diariamente?

Os amigos têm de estar sempre disponiveis uns para os outros                                      (mesmo que tenham de abusar de si para cumprir aquele mandamento que não se sabe quem o criou, claro!! O que deixa de fazer por si? De que maneira se afasta do seu sentir? Estar possa descobrir a amizade por si.

As pessoas de quem eu gosto afastam-se sempre (talvez esteja aqui uma oportunidade divinal para aprender a estar presente e disponivel para si com carinho, sobretudo nesses momentos em que fica a sós consigo e desfrutar da sua companhia. Talvez seja isso que alguns lhe mostram. As vezes que se afasta de si.

Não sou boa companhia e não gostam de estar ao pé de mim 
(com amor e carinho por si, será que pode responder a esta pergunta?O que esconde de si para que outros gostem de si e da sua companhia?
Quando pensa mal de si, que género de pensamentos aparecem? Repare que género de companhia se faz a si quando está a sós consigo! 

 E já agora, será que repara ...?
O que há de bom em si? De bonito? De belo? e que se esquece de reparar? O que faz bem que as pessoas apreciam e a si lhe dá um grande prazer? Será que é bom ouvinte? Será que é gentil? Será que tem olhos bonitos? Será que gosta de ajudar outros? Será que cozinha bem e as pessoas apreciam? Será que é talentosa na costura, no artesanato? na dança? O que será que as pessoas dizem que faz bem e lá no seu interior,  não acredita? 

Caso queira refletir nestas perguntas e lhes dê espaço e tempo, poderão chegar-lhe respostas NOVAS para os seus dramas antigos, que talvez não lhe tenham ainda passado pela cabeça... e a paz de espirito pode estar à espreita.

No exterior espelham-se sempre os conceitos que existem no nosso subconsciente. E por causa de conceitos como estes que decidem como tudo funciona no mundo exterior, sejam relações, sejam comportamentos, sejam maneiras de pensar, fazer, etc, assim será aquilo que iremos percecionar na realidade à nossa volta  ou que experienciamos, e o que desejamos fica mais longe de nós.

Há muito a aprender aqui, em formas de pensamento como estas (crenças subconscientes).

Tudo o que foi aprendido pode ser desaprendido. Tudo é questionável. Desaprender sobre o que foi aprendido não nos diminui ou afasta de quem somos, na Essência. Antes pelo contrário, aproxima-nos do Ser Sagrado que vive connosco, nas opções que fazemos e atitudes que temos.

E pela minha experiência, um mundo novo abre-se diante dos nossos olhos, o que me continua a deixar em estado de Graça e  Encantamento!

Os seres humanos com quem aprendemos não estavam errados. Apenas acreditavam em coisas, da mesma forma que nós acreditamos e reagiam a elas, tal como nós hoje reagimos a algo que põe em causa as nossas ideias e o que achamos correto ou incorreto, de formas que muitas vezes nos prejudicam,  até as questionarmos e descobrirmos algo novo e amoroso, onde não há conflito.

Criações da realidade através de pensamento positivo, visualizações, intenção consciente são possiveis e também se desfazem rapidamente. Estarão assentes no medo e não no Amor, mesmo que não pareça. 

Mergulhar no ''armazém escuro'' do nosso subconsciente, permitir que os seus ''habitantes'' venham ter connosco, recebê-los de braços abertos com vulnerabilidade (não é ter pena) e compaixão, escutar o que têm a dizer-nos , a sabedoria divina que trazem consigo, talvez seja o maior passo, grandioso e sagrado, que possamos dar na direção de nós mesmos.

Mergulhar neste ''armazém escuro ''  é tão simples como ficar quieto e atento a escutar perguntas e deixar que a informação surja na mente, reparando o que o corpo vai dizendo através de sensações de bem-estar ou mal-estar. As sensações do corpo são como pistas que nos são deixadas e só damos por elas se estivermos quietos, recetivos e à escuta. 

Num próximo texto, irei refletir em algo como ''quando é uma grande sorte as coisas não acontecerem como queremos'' e ''nem sempre o que queremos é realmente o melhor para nós'', onde encaixa bem aquela frase que ás vezes se ouve por ai: ''há males que vêm por bem''. 😉

Boas reflexões e muitas bençãos!

Ângela Antunes

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