Por
que muitos continuam a sentir-se insatisfeitos e incompletos, mesmo quando se torna
realidade aquilo que tanto desejávamos?
Imaginamos que vamos sentir estados de felicidade, alegria, bem-estar, preenchimento, quando estivermos a viver os nossos objetivos, seja a relação com a pessoa ‘’especial’’, o sucesso de um projeto, o reconhecimento dos meus clientes, ganhar mais dinheiro para fazer o que gosto ou qualquer outra mudança.
Imaginamos que vamos sentir estados de felicidade, alegria, bem-estar, preenchimento, quando estivermos a viver os nossos objetivos, seja a relação com a pessoa ‘’especial’’, o sucesso de um projeto, o reconhecimento dos meus clientes, ganhar mais dinheiro para fazer o que gosto ou qualquer outra mudança.
Na prática, não há como saber se vamos realmente viver e sentir o que pensamos que vamos viver e sentir se o que queremos se tornar realidade.
Se não encontrar esses estados emocionais de felicidade, alegria,
bem-estar, em mim AGORA, tal como sou, com o que faço, com o que vivo, com tudo o
que tenho AGORA, não os irei encontrar se vier a ter aquilo que desejo! Não se
encontram em ‘vir a ser ou ter algo diferente’.
A mente humana irá querer sempre mais e mais e nunca estará satisfeita.
A
mente humana é por natureza insatisfeita.
E as suas histórias podem ser
questionadas e poderão levar-nos a descobrir o que é viver a partir do coração,
ainda que a mente seja útil no dia-a-dia para muitas coisas.
A alegria e felicidade do coração incluem tudo o que existe, incluem os
opostos.
Estados emocionais de felicidade, alegria e bem-estar poderão viver-se no
reencontro comigo e no abraçar quem sou, como sou, AGORA incluindo estados
de que até posso nem gostar e que fazem parte de mim como ser humano.
Posso desfrutar o que faço, independentemente do resultado que possa vir
a ter, e estar consciente de que estou a fazer o meu melhor.
Posso desfrutar a minha companhia e a companhia daqueles que estão por perto agora em vez de ficar mentalmente preso à ideia de que gostaria de ter uma relação com aquela pessoa especial e acredito que não tenho (e ainda não me relaciono comigo de forma especial) ou querer que um amigo fale mais comigo e me convide mais vezes (e eu ainda não falo muito comigo nem me convido a estar comigo mais vezes para escutar as vozes que cá vão dentro).
Posso descobrir a bondade, generosidade da vida a apoiar-me mesmo quando tenho menos dinheiro para fazer coisas de que gostava. E vir a descobrir a paz e bem-estar interior no reconhecimento de que tenho todo o dinheiro que preciso, agora mesmo. Mais dinheiro não seria apropriado. Talvez a vida queira mostrar-me outras coisas.
E que será na ausência das coisas que queria ter que poderei descobrir a verdadeira abundância, para lá de um conceito.
Posso manter os meus planos e estar aberto a que a vida possa ter outros
planos, diferentes dos meus.
Se estiver aberto a mudar de ideias e experimentar coisas novas, viver qualquer alteração que a vida traga aos meus
planos será pacifico e fica tudo simplificado.
Há muito menos dramas interiores.
FACTO: quer se goste ou não desta ideia, Deus/Inteligência da Vida/Universo
irá trazer-nos contrariedades e muitas vezes deitará por terra os nossos
planos.
FACTO: Haverá momentos em que iremos sentir-nos mal.
Há que abraçar esses estados também, ficando á escuta da sabedoria que
poderão trazer-nos.
Se fugirmos deles e formos à procura de algo que nos faça
sentir melhor, seja queixarmo-nos aos amigos, envolvermo-nos com alguém para abafar o mal-estar de não estar aqui comigo a pessoa que eu queria que estivesse, afastamo-nos de quem somos na essência, afastamo-nos da
oportunidade de extrair os bónus que estas experiências nos podem oferecer e
com estes bónus, um verdadeiro bem-estar e alegria interior que não depende do
que se passa no exterior.
Afastamo-nos de viver as verdadeiras bençãos que cada momento nos oferece.
Poder descobrir a paz de ‘’tudo ser como é’’, de tudo ''acontecer como acontece''.
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