terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Por que muitos continuam a sentir-se insatisfeitos e incompletos, mesmo quando se torna realidade aquilo que tanto desejávamos?

Por que muitos continuam a sentir-se insatisfeitos e incompletos, mesmo quando se torna realidade aquilo que tanto desejávamos?

Imaginamos que vamos sentir estados de felicidade, alegria, bem-estar, preenchimento, quando estivermos a viver os nossos objetivos, seja a relação com a pessoa ‘’especial’’, o sucesso de um projeto, o reconhecimento dos meus clientes, ganhar mais dinheiro para fazer o que gosto ou qualquer outra mudança.

Na prática, não há como saber se vamos realmente viver e sentir o que pensamos que vamos viver e sentir se o que queremos se tornar realidade.
Se não encontrar esses estados emocionais de felicidade, alegria, bem-estar, em mim AGORA, tal como sou, com o que faço, com o que vivo, com tudo o que tenho AGORA, não os irei encontrar se vier a ter aquilo que desejo! Não se encontram em ‘vir a ser ou ter algo diferente’.

A mente humana irá querer sempre mais e mais e nunca estará satisfeita. 
A mente humana é por natureza insatisfeita. 
E as suas histórias podem ser questionadas e poderão levar-nos a descobrir o que é viver a partir do coração, ainda que a mente seja útil no dia-a-dia para muitas coisas.

A alegria e felicidade do coração incluem tudo o que existe, incluem os opostos.

Estados emocionais de felicidade, alegria e bem-estar poderão viver-se no reencontro comigo e no abraçar quem sou, como sou, AGORA incluindo estados de que até posso nem gostar e que fazem parte de mim como ser humano.

Posso desfrutar o que faço, independentemente do resultado que possa vir a ter, e estar consciente de que estou a fazer o meu melhor. 

Posso desfrutar a minha companhia e a companhia daqueles que estão por perto agora em vez de ficar mentalmente preso à ideia de que gostaria de ter uma relação com aquela pessoa especial e acredito que não tenho (e ainda não me relaciono comigo de forma especial) ou querer que um amigo fale mais comigo e me convide mais vezes (e eu ainda não falo muito comigo nem me convido a estar comigo mais vezes para escutar as vozes que cá vão dentro).

Posso descobrir a bondade, generosidade da vida a apoiar-me mesmo quando tenho menos dinheiro para fazer coisas de que gostava. E vir a descobrir a paz e bem-estar interior no reconhecimento de que tenho todo o dinheiro que preciso, agora mesmo. Mais dinheiro não seria apropriado. Talvez a vida queira mostrar-me outras coisas.

E que será na ausência das coisas que queria ter que poderei descobrir a verdadeira abundância, para lá de um conceito.

Posso manter os meus planos  e estar aberto a que a vida possa ter outros planos, diferentes dos meus.

Se estiver aberto a mudar de ideias e experimentar coisas novas, viver  qualquer alteração que a vida traga aos meus planos será pacifico e  fica tudo simplificado. Há muito menos dramas interiores.

FACTO: quer se goste ou não desta ideia, Deus/Inteligência da Vida/Universo irá trazer-nos contrariedades e muitas vezes deitará por terra os nossos planos.

FACTO: Haverá momentos em que iremos sentir-nos mal.

Há que abraçar esses estados também, ficando á escuta da sabedoria que poderão trazer-nos. 

Se fugirmos deles e formos à procura de algo que nos faça sentir melhor, seja queixarmo-nos aos amigos, envolvermo-nos com alguém para abafar o mal-estar de não estar aqui comigo a pessoa que eu queria que estivesse, afastamo-nos de quem somos na essência, afastamo-nos da oportunidade de extrair os bónus que estas experiências nos podem oferecer e com estes bónus, um verdadeiro bem-estar e alegria interior que não depende do que se passa no exterior. 

Afastamo-nos de viver as verdadeiras bençãos que cada momento nos oferece.
Poder descobrir a paz de  ‘’tudo ser como é’’, de tudo ''acontecer como acontece''.

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