sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Abertura interior para viver o desconhecido


Pedem-me para fazer um trabalho ou uma atividade ou mesmo a vida põe-me um obstáculo na frente, numa relação, nas finanças, na saúde, no emprego, etc. Eu não gosto. Posso recusar. Posso fugir. E terá consequências.

Posso fazer de má vontade, ficar a reclamar o tempo todo e não estarei a pôr no que faço o melhor de mim. Não desfruto de mim naquele momento. Passo a desfrutar o desgaste mental e emocional provocado pelos meus próprios pensamentos que defendem a ideia de que aqui é errado e o melhor era outra coisa que eu imagino.
Sem estórias na cabeça, as coisas não são nem boas nem más. São experiências que me levam para fora da minha zona de conforto.

Descobri, curiosamente, que as coisas que mais gozo me davam encontravam-se fora da minha zona de conforto e para as viver precisei de me permitir fazer coisas desconfortáveis, como estar perante as minhas inseguranças. E valeu a pena!

Sem estórias de ''não gosto'', ''não me apetece'', por esta ou aquela razão que a mente encontrou como desculpa, o trabalho faz-se, desempenha-se. Não há stress cá dentro.

Faz-se o que é para fazer, sobretudo quando as situações são diferentes do que eu gostava que fossem. Por vezes a vida diz-nos que aquilo que queríamos, por AGORA não é possível e que há outras experiências que precisamos de viver.

Posso ponderar as opções que tenho e seguir aquelas que fazem vibrar o meu coração.
Se de momento as opções são aquelas que eu menos queria, posso afundar-me em vitimização ou posso colaborar com o que a vida me está a trazer para viver, como experiência.

Nesta disponibilidade de me abrir à novidade, poderei descobrir uma parte de mim que tem talento para aquilo, e que eu desconhecia. Posso desfrutar de mim a desempenhar uma qualquer atividade. 
A vida que vive em mim está a expressar-se.

Torno-me flexível,  ao não lutar com as circunstâncias. O sofrimento existe exatamente pela luta com as circunstâncias, onde se cria uma guerra interior. Ao contrário do que acreditei antes, ‘’ser flexivel’’ não é permitir que os outros façam tudo o que querem de nós. 

É apenas não ficar agarrado a ideias sobre as coisas, pois novas área, novas atividades, podem trazer-me novos conhecimentos, novas relações, um Eu que eu desconhecia.

Se associo coisas que aconteceram em experiências anteriores a novas experiências, estarei a acreditar numa mentira que me diz que JÁ SEI  que ''vai ser igual da próxima vez'' e já estou a colocar rótulos e já estou a criar-me stress com o que estou a pensar. O stress não se encontra nas situações ou nas pessoas e sim naquilo que penso delas.

A minha mente estará a decidir que a vida funciona assim como eu digo!! Este é o meu lado ditador! 
Na verdade, não sei ! A vida, o Universo está em constante alteração, movimento. Como será possivel saber ?

Quando ponho a hipótese de  ''NÃO SABER'' e não precisar de saber quais os planos da vida para mim, e ficar com espirito de curiosidade e investigação, permite uma abertura interior às bençãos que o Universo nos oferece continuamente e muitas vezes não damos conta.

NÃO SEI se era bom para mim que acontecesse o que eu queria da maneira que queria. Podia não ser. Poderia trazer-me maleficios. Ao ficarmos numa atitude de curiosidade, mais informação útil vem ter connosco que nos pode ajudar a orientar as nossas ações.

Quem sabe descobrimos um aspeto novo de quem não nos tinhamos lembrado.

Não me impede de fazer planos. Não fico agarrada a eles, caso não aconteçam como quero. Permite abertura interior para escutarmos dentro de nós o ser Sábio que está conectado à Fonte e que nos envia a informação que precisamos do que podemos fazer a seguir.
Esse ser não vive fora de nós. Vive dentro. Talvez não estejamos habituados a escutar...

Como seria executar uma atividade, uma tarefa (refiro-me àquelas que têm consequências caso não as queira fazer) , seja em casa, no emprego, na escola, em que acredito que ''não gosto''ou ''não tenho que fazer porque não é a minha área'' sem os rótulos que lhe ponho? Ou, se não conseguisse acreditar naqueles rótulos quando surgem dentro da cabeça? O que ficava?O que mudava? O que se faria de diferente ? 

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